Essa visão, apesar de ser fruto de um estereótipo do cinema, não é de todo errada, pois o gospel realmente se originou com os negros, desde os escravos, até as igrejas de negros livres. Não vou me ater muito aos fatos históricos do gospel no EUA, pois meu enfoque é mais no Brasil mesmo, mas se você quiser ler um pouco mais sobre essa história, pode ver no Dotgospel.com.
Agora no Brasil a história é diferente. Esse termo gospel, não tem absolutamente nenhuma relação com nosso país, ele foi importado para cá através de algumas gravadoras que queriam arrumar um jeito de aumentar seus lucros. Como a música gospel é uma música cantada nas igrejas, toda e qualquer música que fala de Jesus, acabou sendo classificada como gospel nas terras tupiniquins.
A música cristã, sempre era classificada pelo estilo: samba, coral, MPB, só tinha um enfoque cristão, mas não era segregada das outras, até porque era pouco conhecida também. Depois da criação do termo gospel no país, a música "evangélica" ficou toda junta em um pacote único para o mercado; todos os estilos se falassem de JC eram rotulados como gospel. Por um lado, isso gerou uma facilidade para quem buscava músicas com conteúdo cristão, mas em contraponto, ajudou a uma padronização da música além de afastar de certos ouvintes (que rejeitavam “crentes”) bons músicos simplesmente por serem "gospel".
O problema com o termo, a meu ver, é a importação feita para apenas fortalecer uma indústria, mas seguiremos em um novo texto, vendo alguns efeitos de tudo isso que foi colocado até aqui. Não percam.
Rafa , gostei muito.Não tinha parado pra pensar sobre isso , apenas refletia sempre no que vc me disse uma vez , que poucas são (ou nenhuma) boas músicas as tocadas na igreja , ou as gospel.Obrigada!
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