No carnaval buscamos nos fechar das coisas que são comuns dessa festa em busca de um relacionamento maior com os irmãos e com Deus. Acho muito bom e legal ter uma época para isso e acho o carnaval a época mais propícia a isso, mas não desse ponto que venho tratar em especial.
Estava eu na casa da minha vó no dia 31 de dezembro, quando ela me pede para comprar umas coisas na vendinha perto da casa dela. Fui e enquanto procura os produtos, me deparei com um pacote de fraldas do Smi. Essa visão desencadeou em mim um sentimento e uma reflexão que estava adormecida em mim.
Quando era pequeno, o Smilinguido era um personagem evangelístico, que aparecia em materiais com esta função. Gostava muito dele, mas depois de alguns anos ele foi refletindo para mim algo que acontecia com a fé: foi ficando comercial. Nossa formigamiga não estava mais estampando folhetos ou adesivos evangelísticos apenas, mas havia se tornado uma marca de "crente". É copo, caneca, toalha, caderno e por aí vai. Não estou querendo dizer que você não pode no seu caderno mostrar que é cristãos, não intendam errado. Mas cada vez menos ele cumpria sua função de evangelizar e tornou-se um símbolo de "crente".
Muitas vezes fazemos isso com as coisas da fé, como músicas, livros, revistas, roupas e tantas outras. É muito comum ver pessoas presas à fé. Isto mesmo, presas. Totalmente o oposto do que Jesus queria para nós. Muitos são, por suas igrejas, aprisionados numa "bolha" de proteção, que acaba alienando-os.
Como essa bolha funciona veremos no próximo texto. Não percam.
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