No texto anterior falei um pouco sobre um motivo interno da igreja que pode levar seus membros ao isolamento em seus "clãs gospel", já nesse o assunto é mais em baixo, algo muito sujo, diria até maligno que ronda o mundo da fé: a indústria gospel.
Lembro que na minha infância existiam poucos CDs de música cristã (era assim que chamávamos naquela época), pois o mercado era pequeno e poucas eram as gravadoras também, além de uma seleção que havia do publico quanto a músicas de caráter e teologia questionável, mas com o passar dos anos, houve uma popularização tanto do "movimento evangélico" através das igrejas pentecostais, que chegaram a lugares onde as tradicionais não costumavam alcançar, como também dos equipamentos de áudio, através do crescimento da economia que possibilitou uma importação mais barata e fácil.
A partir de uma popularização da fé evangélica, surgiu uma grande demanda de materiais cristãos, o que para alguns empresários significava uma grande chance de lucrar. Começou então a haver um "bum" de CDs, livros, camisetas, marca páginas etc. Algumas marcas e personagens que sempre tiveram enfoque evangelístico foram parar na mão de empresários que os transformaram em marcas lucrativas.
Com a entrada de muitas pessoas no mercado consumidor, começou-se a priorizar cada vez menos a qualidade e o conteúdo de músicas e mais a produção em massa. Assim como no mercado comum de arte. Cada vez as músicas eram mais "pré-ouvidas", os livros "pré-lidos". Uma "arte" que não acrescenta nada ao indivíduo, algo que vem mastigado dentro de um modismo.
Cada vez mais a indústria aproveitava a moda: a igreja do momento é a do bispo E, então era um tremendo marketing em cima da igreja e das músicas deles; amanhã será a do pastor Y, já se criava o terreno pra poder ganhar em cima dele também. E assim a indústria gospel se torna uma máquina muito rica.
Ainda há muito que falar sobre isso, mas como o texto já está longo. Continuo na próxima postagem.
MARCA PÁGINAS SÃO POLÊMICOS.
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