sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Crianças novamente

 Quem leu meus primeiros textos, sabe como gosto de crianças e do meu relacionamento com elas. Hoje vou escrever sobre outra experiência que tive com as crianças do meu estágio.
 Ontem foi a formatura das crianças do pré. Estava lá, muito orgulhoso de ver como "meus" pequenos se desenvolveram. A formatura começou com uma oração da Ágata, a mesma menina citada no meu outro texto sobre eles. Foi lindo ver a inocência e a sinceridade das palavras dela.
 "Senhor Jesus, que o Senhor abençoe agente e que o papai, a mamãe, todo mundo goste de tudo que agente vai fazer aqui. Em nome de Jesus amém."
 Foi mais ou menos assim a oração dela. Simples e sincera, mostrando o que realmente estava em seu singelo coração: a preocupação de que gostássemos do trabalho que se dedicaram tanto.
 Isso me fez repensar as minhas orações. Quantas vezes não oro apenas por orar? Sem sequer pensar no que estou falando ou fazendo, oro mecanicamente. Muitas vezes o passar do tempo faz com que percamos a razão do que fazemos.
 Depois desse dia é difícil orar da mesma forma que tenho orado nos últimos tempos, pois Deus mais uma vez fala a mim atravéz da simplicidade de uma criança.
 "Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus."  Marcos 10:14

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Eta clima natalino!!!

 E depois de messes eu finalmente volto a postar aqui (eeeeeeeeeee - ou não).
 Vou falar de algo que muito me incômoda. Nessa época vemos um mundo totalmente diferente do normal. Com exeção dos judeus e os palestinos, todo o resto do mundo se abraça, prega o amor, a paz, a solidariedade etc.
 É lindo ver todo mundo se amando, mas o problema para mim é que isso não passa de hipocrisia muitas vezes. Damos presentes para as crianças de projetos sociais, comida para os mendigos, dizemos amar aos outros, mas após o dia 25, não olhamos na cara da caixa da padaria, não ligamos paras as crianças, expulsamos os mendigos. Toda a magia ficou na data.
 Isso ocorre porque as pessoas se prendem a datas, símbolos, tradições, religiosidades e sequer se lembram da razão real do natal. O nascimento daquele que veio nos salvar da morte eterna. Aquele que nos libertou de nossos próprios pecados.
 Não acho ruim o clima natalino, mas esse clima por si só não é nada. Como diz uma música do CD de natal do Roupa Nova: se agente é capaz de toda essa magia, agente podia fazer com que fosse natal todo dia.
 A única coisa errada nessa música é que não somos nós que causamos isso, mas sim a graça de Deus. Creio que a humanidade é capaz de viver esse clima, por mais que restrito, por estar mais aberta a Deus. Ele então se mostra ao mundo, mas passado esse período o mundo se fecha de novo.
 Se nos entregarmos realmente a Deus, com certeza o natal será todo dia em nossas vidas.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Casais alternativos I

 Na semana passada nossos ermanos argentinos aprovaram a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Esse tema tem despertado tanta polêmica que me levou a fazer algo que geralmente não faço: escrever sobre algo que está na moda. Sempre procuro temas que me despertam vontade de escrever, não assuntos da mídia, mas esse além conseguiu ser as duas coisas.
  Na TV não um programa que não discuta se o Brasil deve ou não legitimar essa união. Muitas pessoas tem dito que os "casais" gays tem o mesmo direito que os héteros, e devem poder assumir o estado de casados perante a lei,
 Acho meio complicado primeiramente chamar um par de homossexuais de casal, pois na minha concepção, casal não é igual a dupla. Dupla pode ser homem e homem, mulher e mulher, homem e mulher, mas casais sempre é homem e mulher.
 Bom, voltemos ao assunto, como será que a igreja deve se portar em relação a isso? Como a igreja tem tratado os homossexuais? Acho que não temos agido da maneira mais correta não é mesmo?
 A bíblia é clara no que dia respeito a sexualidade: Paulo em suas primeiras cartas à Timóteo e a igreja de Corintos, diz que a prática do homossexualismo é condenável, que é um pecado. Sendo assim, não há dúvidas de que quem confessa a fé cristã não deve aceitar essa prática, mas geralmente uma parte dessa história fica "esquecida".
 Segundo a bíblia, qualquer pegado pode ser perdoado, menos a blasfêmia contra o Espírito Santo. Ou seja, o homossexualismo é tão pecado quanto a mentira. Quem mente está tão errado quanto quem dorme com alguém do mesmo sexo. E geralmente os que não são homossexuais esquecem esse ponto e muitas vezes estes estão em mais pecados que aqueles, mas agem como se fossem superiores e mais puros.
 Por mais que seja errada essa prática, um homossexual é um ser humano como qualquer outro. Não posso maltrata-lo por fazer algo que não agrada a Deus, ainda mais quando também o faço, seja na área que for.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

To horrorizado!

 Aproveitando as férias, tenho ido a noite à igreja jogar um "futeba" com a galera, o que tem sido algo muito prazeroso. Mas não é esse o enfoque. Durante o tempo de espera entre um jogo e outro, conversava com dois amigos, quando um deles comentou sobre escandalizar pessoas com nossas ações.
 Tema curioso esse não? Muitas vezes esse é o motivo que pessoas na igreja usam para nos impedir ou proibir de fazer algo.
 Enquanto falava com eles, levantamos várias coisas sobre isso e esse assunto tem sido muito lapidado por meus neurônios. Muitas vezes desvirtuamos essa colocação que Paulo faz em 1 Coríntio 8. Usamos esse ponto a nosso favor. Você não gosta de rock e por isso diz que não é para ter isso na igreja porque escandaliza você, pois você diz que é do diabo. Isso é tão errado quanto a teologia da prosperidade, pois é um disvirtuamento da palavra.
 Uma coisa que me preocupa muito é no que as pessoas tem dado importância. Muitas vezes nos escandalizamos porque a menina esta com o umbigo aparecendo, mas não ligamos se a bancada evangélica está desviando verba pública, criticamos um menino que ouve metal e não nos ofendemos com um pastor que entra com dinheiro de modo ilegal nos EUA. Estamos mais preocupados com nossas vontades, nossos gostos à palavra de Deus, ao nosso testemunho.
 Muitas vezes as pessoas precisam de um choque. Um "escândalo" as vezes é necessário para acordar o povo, pois senão a igreja atrofia. Se todo escândalo fosse errado, creio que Deus não permitiria que Lutero fosse capaz de fazer a reforma que fez na igreja. Agora não posso negar que sair escandalizando o povo seja errado. Uma coisa é você dar a cara a tapa para mudar ou "evoluir" uma cultura, outra é você agredir.
 Uma pessoa que usa uma roupa provocante para agredir os outros está errada. As vezes temos intenções boas, mas fazemos de forma errada. Busque uma maneira mais amigável de mudar as coisas, como o diálogo, por essa coisa numa situação que só terá pessoas da sua idade. Você percebera que com o tempo ninguém mais se preocupara com isso e acabarão aceitando um dia, como foi o caso da bateria em tempos passados. Um método de confronto direto, deve ser o último recurso.
 Mas jamais use a desculpa de que você faz o que quer porque têm que mudar a mente das pessoas antigas, até porque elas não mudaram. As pessoas podem aceitar uma coisa, reconhecerem que estavam erradas, mas provavelmente continuarão a não gostar. Então procure não fazer diante das pessoas coisas que elas julguem erradas, por mais que você saiba que não são, procure ser agradável a todos, respeite-as, pois assim é possível que elas aceitarem o que você gosta por aceitarem você.

domingo, 4 de julho de 2010

Descartavel

 Realmente periodicidade não é o forte desse blog! Tenho postado realmente muito pouca coisa e acho que bati meu recorde de tempo sem postagem! Mas estou finalmente escrevendo aqui. To escrevendo sobre algo que estava pensando hoje. Tivemos lá na minha igreja, um culto da juventude, em comemoração ao dia do jovem e do adolescente presbiteriano. Isso me levou a pensar sobre essa nossa sociedade descartável.
 A geração a qual pertenço, cresceu num mundo totalmente consumidor, um mundo onde é pregado o consumo desenfreado. Esse consumo nos leva a descartar as coisas.
 Na minha infância ainda era comum se concertar alguns eletrodomesticos, mas hoje em dia não mais. Quando seu liquidificador quebra, você vai a loja e compra outro, nem pensa em arrumar o antigo.
 O que me intristesse na minha geração, é que tudo tem se tornado descartável, desde copos plásticos até relacionamentos. Tudo hoje em dia é mercadoria e como tal, pode ser trocado quando perde a utilidade.
 O problema é que pessoas não são mercadorias, são humanos, com sentimentos, relacionamentos não são um bem que tenho para meu prazer, são laços que crio com outrem. Tudo tem perdido significado para nós, por isso quando brigo com meus pais, vou pra casa da minha vó, quando meu casamento ta ruim, largo e caso com outra pessoa, quando meu amigo me irrita acabo a amizade e vou atraz de outra.
 "Nada mais importa a não ser o nosso desejo mesquinho. Tudo é bom para mim enquanto me traz prazer. Quando o prazer acaba descarto por algo novo."
 Só tem um problema: certa vez um homem disse assim: ame a seu próximo como se fosse você. Acho que esse nosso raciocínio vai em direção oposta as palavras que Cristo deixou para nós. Será que você queria ser descartável para os outros?

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Recrutamento JVE

 No último final de semana, tive um privilégio imenso, participei do recrutamento do JVE (JV na Estrada).
 Foi uma experiência única, onde fiz coisas que nunca me imaginei fazendo diante de várias pessoas. Banquei o palhaço (esse sem muito sucesso kkk), animei a moçada, sendo que nesta ocasião, dancei o "armereition" diante da galera.
 Mas o que marcou, não foram os micos, as palhaçadas, o "futéba" ou o hamburguer as 2:00 hrs da madruga, mas sim como pude sentir Deus no meio disso tudo, da maneira mais natural, singela, suave e encantadora que poderia ter sentido. O simples conviver da gente mostrava a presença do Pai. Quase não abrimos a bíblia, mas a palavra estava em nós da mesma maneira.
 Isso me lembro de um texto de Atos que diz assim:  E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.  E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.  E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.  E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar. (At 2:42-47)
 Galera do JVE, obrigado por abençoarem tanto a minha vida.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Adeus Dn. Ana

 Venho hoje contar um pouco sobre a experiência que tive com minha vó. Peço desculpa pelo tamanho que esse post tem, mas é que estava precisando escrever.
 Para quem não sabe, minha vó faleceu na última quarta-feira. Foi uma semana bem tensa e difícil para a minha família. Meu pai e meu irmão ficaram imensamente abalados, sem chão. Foi bem difícil para mim também, até porque foi a primeira pessoa da família que perco que conhecia. Gostaria de deixar aqui um pouco da minha história, contar sobre meu relacionamento com ela.
 Durante a tenra infância, não sei como era a relação, pois não tenho lembranças, mas tenho alguns flashs da gente pescando em um sítio de um amigo deles. Mas foi uma relação bem tranquila de certa forma, claro que tinha uns atritos, uns desencontros. Os problemas começaram quando passei a ter consciência. Meus avós tinham mania de falar mal de todos, gostavam só do que ele faziam. Ficava extremamente irritado quando eles falavam mal das coisas que fazia, de como eles criticavam meus outros parentes. Essas coisas me machucavam muito.
 Só que tudo isso não era a pior parte. A parte que realmente me marcou negativamente na relação Rafael-Avós, foi o favoritismo explicito a meu irmão. Para mim o pior momento que tive com eles foi quando passei uma semana com eles, pois eles não curtiram minha estadia com eles, não houve para mim prazer, só mente comparações. Tudo que eu fazia eles vinham com aquela: Ah, mas o Thiago faz...
 Pais, avós, não façam comparações entre seus filhos, netos, sobrinhos etc. amem cada um de maneira única, pois são pessoas únicas, não ache que um é melhor que outro, são apenas diferentes. Respeite essas diferenças e você vai ver como o relacionamento melhora. Me senti muito desprezado com essas comparações e com a rejeição.
 Durante quase toda a vida não demonstrei isso, simplesmente tratava como algo que não me atingia, como se não ligasse e muita gente sequer sabia que no fundo isso me machucava demais. Mas nunca mostrei porque sempre me senti na obrigação de ser o forte, o inabalável. Talvez isso tudo me levou a ser imensamente racional.
 Algo que me assustou em mim mesmo, foi quando minha avó teve um coágulo no pulmão. Ela quase se foi e eu fiquei como se nada tivesse acontecido. Simplesmente estava frio no que dizia respeito a ela e a meu vô. Percebi que as coisas não estavam certas comigo. E fui até Deus pedir ajuda, pois como poderia estar assim? Era minha vó! Por mais coisas que pudesse haver entre nós, o amor entre nós não poderia estar morto assim.
 Deus moveu meu coração, tirou a pedra que lá estava e pôs um coração de carne em mim novamente. Aos poucos fui voltando a me importar com eles, a me preocupar, a ligar só pra saber como eles estavam. O que me deixou mais maravilhado com a graça de Deus é como ele me permitiu não ter um peso pelo resto da minha vida. Na segunda feira antes da morte dela, por alguma razão quis falar sério com Deus. Durante nosso papo, Ele moveu meu interior de uma maneira que depois de anos seco, chorei. Comecei a me abrir de verdade, ver as coisas que estavam erradas em mim, o que atrapalhava minha vida com o Pai. Durante esse dia, em meu coração, perdoei as coisas que minha avó fez que me machucaram de algum forma e passei a ver tantas coisas boas que eles me deram, tantos bons momentos que tivemos na infância, os banquetes que faziam para mimar todo mundo, porque um gosta de porco, o outro de peixe; um gosta de pé-de-moleque, o outro de arroz doce. Mas mais que essas coisas pequenas, quando olhava para traz, não pude deixar de ver como vovó servia a Deus. Como ela recebia os servos do Pai, como ela se dedicava de corpo e alma para Jesus e essa foi a maior herança, lição e exemplo que poderia ter recebido.
 Agradeço muito a Deus por te-la perdoado antes de sua morte, pois tenho certeza que se não o fizesse, teria um peço nas minhas costas hoje que não sei se o suportaria.
 Só posso terminar dizendo pra vocês amarem os seus, aproveitem cada momento, pois posso dizer que em quanto me permitir estar com eles sem pensar desavenças, foram momentos lindos. E posso dizer que agradeço a Deus por ter tido a vó que tive, pois parte do que sou hoje é por causa dela, como cristão e como gente.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Dádiva de Poder Sofrer

 Nos últimos dias tenho conversado muito com uma amiga minha, que tem passado por problemas amorosos. Ela se encontra numa bifurcação da vida, onde terá que fazer uma escolha e seja qual for essa escolha, trará um sofrimento instantâneo. A Luta dela é saber que escolha trará menos dor.
 Quando estava no meu auge no Kung Fu, meu treinador costumava sempre dizer: a dor é ótima, mostra que você tá vivo. Ele sempre "lançava" essa quando queríamos relaxar no meio de um exercício devido à dor.
 Hoje posso dizer uma coisa vendo situações como as citadas acima: a dor é uma das maiores dádivas que Deus deu ao homem. Apesar de não ser agradável senti-la, ela é fundamental para nós. Creio que a maior causa de temermos a dor é porque ela mostra nossa fragilidade.
 Quando comecei a fazer exercícios d calejamento do punho, depois de dar dois socos na parede minha mão já doía. Isso porque ela era fraca, tinha pouca resistência. Depois de um tempo treinando indo além do ponto de dor, comecei a bater mais vezes na parede até q a dor viesse. Ou seja, minha mão estava mais forte.
 Diante do sofrimento e da dor, nós temos duas alternativas: nos entregarmos ou enfrentarmos. Quando nos entregamos, simplesmente ficamos estagnados, derrotados e deprimidos por não termos forças, mas quando enfrentamos as adversidades, nos tornamos mais fortes, grandes, poderosos e dispostos a enfrentar novos desafios.
 A dor pode ser um fardo pra você, mas pode também ser uma chance de crescer. Tudo depende da forma como você a encara.

sábado, 24 de abril de 2010

Mas ele...

 Hoje tive jogo de basquete na faculdade. Sou parte do time do IA (Instituto de Artes) da UNICAMP. O jogo foi contra a física. Um bom espetáculo pra quem gosta de esportes e que seria perfeito se não fosse apenas um detalhe: a arbitragem.
 Foi uma arbitragem que prejudicou muito o meu time, mas não to escrevendo para critica-los, pois perdemos por 4 pontos apenas. O que realmente chamou minha atenção no jogo, foi como nós deixamos com que os erros dos arbitros tirassem nosso foco do jogo. Ao invés de nos preocuparmos em jogar e sermos superiores na quadra como estávamos até o fim do primeiro tempo, começamos a por nosso foco nos erros dos outros e justificar nossos erros pelos deles.
 O que me deixa mais intrigado é que isso não acontece só no esporte. Quantas vezes não vamos fazer algo junto com outras pessoas e procuramos os erros deles para justificar o fracasso? Ou então para ofuscar os nossos?
 Isso é algo que o homem faz desde o principio. Se você ler em Gênesis 3, vai ver que após pecarem, Adão e Eva passam a culpa, Adão culpa a Eva, que por sua vez culpa a serpente. Ninguém assume suas falhas. Jesus também conta uma história de um Fariseu que não só não reconhece que falha, mas usa as falhas do outro para se considerar superior a ele ( Lc 18: 9-14).
 Saiba que você é responsavel por seus atos, os acertos ou erros dos outros não vão justificar ou condenar você, ninguém será cobrado pelos outros, mas sim por si mesmo.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Homem

 Nessa páscoa, tivemos um acampadentro na minha igreja, um momento onde pudemos estar juntos como grupo discutindo várias questões. O tema foi relacionamentos.
 Vimos à luz da Bíblia qual a função do homem e qual da mulher e posso dizer uma coisa: não é nada fácil ser um homem de verdade. Ser um garoto, um menino é tranquilo, mas assumir o papel de homem é algo muito duro.
 Certa vez, estava conversando com um colega e ele disse assim: todo mundo fala de quão difícil é o dever da mulher: se submeter; mas o do homem é ainda mais, pois ele  teve amar a mulher como Jesus amou a igreja. E JC deu a vida pela igreja. Amar assim é muito difícil.
 Realmente, amar alguém a esse ponto é algo muito difícil. E fazendo um gancho com a razão da nossa páscoa, só posso dizer que é algo indescritível. Até pensei em escrever sobre isso, mas é um amor que não consigo entender. É forte demais.
 Mas voltando a ser homem, posso ver que muito do que vemos hoje na sociedade é culpa de nós homens. Largamos de lado nossos deveres, queremos só os direitos e temos agido como meninos mimados.
 O pastor Ricardo Agreste certa vez falou num sermão: É ótimo que cada vez mais surjam grandes mulheres, mas é triste ver cada vez menos,  surgirem grandes homens.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Costas largas

Uma coisa que me impressiona nos crentes de hoje em dia é como o Diabo tem estado presente na vida deles. Pra ser sincero, tenho até pena dele, pois tudo que acontece diferente da visão de bem do indivíduo é culpa dele.
"Na verdade, se o mal existe nesse mundo, ele repousa no coração da humanidade." Edward D. Morrison
Essa frase aí de cima, é a frase de introdução do game Tales of Fantasia, da Namco. Essa frase para mim reflete uma grande verdade. Geralmente, temos a síndrome do paraíso, jogamos sempre a culpa para outro, assim como Adão e Eva fizeram. Sempre buscamos fugir das responsabilidades dos nossos atos.
O Diabo pode realmente influenciar alguém a fazer algo errado, mas vemos em Gn 3 que Eva comeu o fruto porque quis. A serpente influenciou, mas a decisão de comer o fruto foi dela. Em Tiago 1:13-18, temos um roteiro de uma tentação que brota do próprio humano.
E na vida de Paulo, há várias passagens onde ele sofre situações que consideramos más, mas que foram colocadas pelo próprio Deus para que ele cumprisse sua missão.
O que posso concluir com isso? Que nem tudo que acontece de ruim, errado ou contra o que achamos bom, é culpa do Capeta. Acho que devíamos deixá-lo quieto no canto dele, sem dar audiência pra ele e revermos nossas vidas.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Deus Farmácia

Hoje a tarde, estava ouvindo uma rádio evangélica. Nessa rádio estava passando um programa de uma cruzada da cruz, sei lá o nome. Mas o que me chamou a atenção é que a chamada do programa convidava a quem estivesse doente à ir pro culto.
Realmente é fato que Deus pode curar e fazer tudo o que quiser, mas me impressiono ao ver que tem gente que vai dar o depoimento e diz que estava com dor no dedinho do pé esquerdo, ou dor de cabeça, e foram curados na vigília, cruzada ou como quiser chamar. São problemas que um analgésico resolveria.
Na bíblia temos vários casos de pessoas curadas por Deus, o que mostra que realmente Ele cura se quiser, mas o que me deixa intrigado é que os pastores garantem que indo à igreja deles, você será curado. Deus não tem escolha, vai te curar. Muitos dizem que essa é a promessa de Deus pra sua vida, mas quando leio o que Ele me promete, vejo o suprimento das necessidades e livramento do mal.
O mal aqui citado, não é a doença, o desemprego, as brigas, mas sim você mesmo (a carne), o maligno e o mundo. Se fosse como eles falam, seriamos seres indestrutíveis, imortais.
Saiba que Deus pode curar, pode operar um milagre, mas remédios existem para serem usados; médicos para serem consultados. Ore por auxílio sempre, mas faça a sua parte. Como ouvi certa vez: Deus ressuscita Lázaro, mas não move a pedra (João 11).
Deus não é farmcêutico, não vai curar tudo, afinal se você prestar atenção nos milagres da Bíblia, todos tem um porque, não são só porque Ele faz. Inclusive, até pessoas que não pertenciam ao povo de Deus foram curadas então não esqueça, Deus cura quem Ele quer, como quer, quando quer e se quiser. Palavras de homens não o obrigaram a fazer nada.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Vamos vamos à casa do Senhor!

Essa semana estava no acampamento de carnaval da Igreja Presbiteriana Betel, de São Bernardo do Campo.
Na sexta a noite, o Pb. "Jardim Silvina" (como o povo o chama) foi quem falou. Durante uma parte da sua palavra, ele comentou sobre pessoas que saem de uma igreja e vão pra outra por motivos fúteis ou secundários, não tem firmeza em nada. Pessoas que vão à igreja X porque lá tem isso ou não tem aquilo.
Quando ouvi isso, lembrei de alguns programas de rádio evangélicos que ouço as vezes de madrugada. Nesses programas as pessoas sempre dão um testemunho semelhante, dizendo que a vida delas era um lixo, mas quando foram pra igreja sua vida mudou.
Uma pulga fica atrás da minha orelha: eles vão até a igreja pra serem restaurados, mas igreja restaura alguém?
Durante toda minha vida frequento igreja e posso dizer tranquilamente que igreja nenhuma salva, restaura, alegra ou faz o que for por você. Grande parte dessas pessoas que vão à igreja em busca da paz, depois de um tempo saem correndo de lá, porque igreja não supre suas necessidades, agora por outro lado, se você vai até o Deus da igreja, o Deus vivo, pode estar certo que realmente você pode ter uma vida plena.
Ir até a igreja não muda nada, o que muda qualquer coisa nada mais é do que a ação do espírito de Deus.
“Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!” (Jeremias 17 : 5)
Homens não podem salvar você, então quando quiser ajuda para reconstruir sua vida,
você pode ir à igreja, mas não pela igreja, mas sim por poder encontrar o Deus dela.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Imagem

Como já disse no perfil, sou estudante de música e na minha faculdade encontro pessoas de todos os tipos: evangélicos, hips, comunistas, hindus, ateus e tudo mais que você imaginar, pois usando um termo da moda, é um espaço bem democrático.
Certo dia conversando com uma amiga minha de lá, falei que era cristão. Ouvi algo que me pegou: Sério!? Não parece.
Fiquei sem chão, afinal havia conversado pouco com ela e que me lembrasse não havia dado a ela razões para me achar um "garoto mau", pois foi o que imaginei que era o que ela estava querendo dizer. Mas depois conversando com ela em outra ocasião descobri que não era nada disso o que ela quis dizer, pra alívio da minha alma.
A imagem de "crente" que ela tinha não se baseava em ações, postura ou em vida, mas sim em imagem externa. Era estranho a ela pensar que eu por andar com todos, conversando como alguém normal fosse crente.
A idéia do evangélico dela é mais ou menos assim: uma pessoa que não fala sobre nada que não seja Deus, a não ser pra dizer que você vai pro inferno por causa do seu pecado; só usa roupas escritas mensagens de Jesus; só convive com outros do "clã"; se for mulher, usa cabelo comprido e saia no joelho; só ouve "louvor"; e tem aquele famoso ar de superioridade para com os outros (nada contra quem faz alguma das coisas acima, com exceção do ar superior e dos que se isolam).
Não a jugo culpada por ter essa idéia distorcida sobre o cristianismo, afinal foram os próprios cristãos que criaram esse estereótipo de si mesmo. Só posso dizer que o povo absorveu a imagem.
Cabe a nós agora mudarmos o quadro, mostrarmos que ser discípulo de Cristo é mais do que uma questão de estética, vem a ser uma atitude de vida.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Fazendo Como o Mestre

Certo dia o pastor da juventude da minha igreja deu uma aula em conjunto na escola dominical, durante a qual fez a seguinte pergunta: O que você queria que mudasse na nossa igreja no ano que vem?
Pergunta cruel! Todo mundo responde isso a todo tempo com todos, mas na hora em que uma autoridade da igreja, do serviço, da escola, de onde for, faz uma pergunta dessas, sentimo-nos ameaçados por ela. Parece que se apontarmos algum defeito seremos perseguidos (não que às vezes não seja verdade).
Mas essa situação me fez pensar, quantas coisas em nós mesmos não precisamos mudar? Fazendo um elo com o texto anterior, estamos num novo ano, um período em que estamos abertos a mudanças, a reflexões, é a hora de mudar.
Agora finalmente entrando no tema, há algo que realmente precisamos mudar nas igrejas, não só na minha, que é o simplismo, a mediocridade.
Ouvi várias vezes pessoas me dizendo que a igreja é lugar de oportunidade, um lugar onde as pessoas têm espaço para aprender. Mas será que é tão assim? Sinceramente, para mim, se você quer aprender a tocar um instrumento, mexer numa mesa de som, operar multmídia ou o que for o serviço, existem escolas e cursos especializados para isso. Se for pra aprender na igreja, ela que monte um curso e forneça. Agora ficar pondo o cara que não sabe fazer a coisa direito simplesmente porque tem que dar oportunidade não dá!
Não digo que não se deve dar oportunidades, mas temos que saber como dá-las. Por exemplo: há igrejas que têm programações específicas para certas faixas etárias que geralmente são programações menores. É um ótimo lugar pra colocar alguém que esta começando, pois ele sabendo que por ser iniciante só tocará lá, terá um um incentivo para melhorar: tocar numa programação maior. Claro que isso tem que ficar claro, que conforme o "músico" melhore, maiores coisas terá pra fazer.
Mas as igrejas fazem de uma forma que põem o cara pra fazer a coisa apenas por não ter outro e larga ele lá. Não incentiva-o a fazer nenhum curso, a buscar melhorar, a quem sabe ensinar quem não sabe.
Posso dizer que tive um exemplo de algo bem feito na minha igreja. Comecei ha dois anos a trabalhar no som. Fiquei durante um ano apenas vendo como o pessoal fazia e conhecendo o sistema. Então no ano passado a igreja me encaminhou para um curso técnico de som, onde pude me preparar para fazer a coisa bem feita, não naquela mediocridade de quem "fuça" e diz que sabe.
Mas isso não se remete apenas aos trabalhos na igreja. Como CD de crente é mal feito, cara!!! parece que eles acham que porque disseram Jesus a coisa fico boa. Aí sai cada coisa horrível!
Por que os crentes fazem coisas tão mal feitas e com tanta preguiça sendo que Deus deu o melhor que tinha pra nós?

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Feliz Ano Novo

É atrasado em cinco dias que venho desejar a todos um feliz ano novo! hahahaha! Mas foi uma data boa pra postar, pois está entre o novo ano e o meu aniversário, o MEU novo ano.
A galera toda fez suas promessas, seus votos e tudo mais o resto e Prometeu que faria diferente dessa vez pois já o havia prometido ano passado mas não cumpriu, mas dessa vez era pra valer. Quantas vezes não fazemos isso e quando damos por nós, nossos objetivos estão mofando de novo no gaveta?
Sabe, ver essa cena clássica de ano novo me remete a minha infância quando ouvia as histórias do povo de Israel na escola dominical. O povo fazia de maneira semelhante. Estavam sendo oprimidos e clamavam a Deus que vinha em socorro deles. Então o povo firmava aliança com o Pai de seguir só a Ele, mas não passavam nem duas gerações e o povo já havia se desviado do pacto. Então Deus mandava um povo estrangeiro ir contra o povo.
Era um círculo vicioso mas apesar de parecer maldade, Deus só mandava o opressor para traze-lo de volta pra si. Pois Ele não desistia daquele povo teimoso.
Eu ficava pensando: Como esses caras são "tontos"!!! É só obedecer que nada de ruim vai acontecer. Mas certo dia a ficha caiu. Percebi que eu sou tão "tonto" quanto eles. Eles nada mais são do que uma figura de cada um de nós, mas uma coisa me trouxe alívio: saber assim como com os israelitas, Deus não desiste de mim.