terça-feira, 17 de abril de 2012

Um Nascimento de Amor


                Hoje vou contar para vocês uma história. Uma história que se passa a 20 e tantos anos atrás. Uma história de amor, que talvez possa trazer algo para alguém. Na verdade é isso que espero.
                Nossa história começa com um casal que muda para uma cidade no interior de São Paulo. Esse casal tem pouco tempo de casado e ainda não tem filhos. Mudam-se por causa do trabalho do marido.  Eles tinham o plano de ter filhos, mas não estavam em condições no momento, por isso, usavam métodos anticoncepcionais, no caso a pílula.
                Mas um dia, houve um erro e um ano antes do esperado, eis que o milagre da vida acontece e a nossa esposinha passa a carregar um bebê em seu ventre. Era um menino, um pequeno mancebinho, mas não é isso que interessa para nós, pois isso é apenas o primórdio de nossa história. Pois foi devido a isso que o nosso conto ganha sua dramaticidade.
                Quando esse menino veio ao mundo, algo aconteceu com sua mãe: após o parto ela teve uma crise de eclampsia, embolia pulmonar e insuficiência cardíaca. Segundo os médicos não foi ao óbito por obra de Deus. Ela entrou em coma e diz que durante esse evento, viu Deus, falou para Ele sobre o que estava acontecendo e que queria estar com seu filho.
Diz ainda que uma enfermeira que estava no quarto ouvindo tudo era cristã como ela e ao ver a situação, cuidou dela com um carinho especial. Segundo alguns médicos as chances de alguém ter um problema desses, cerca de uma em um milhão e dessas, só uma em um milhão sobrevivem, mas com sequelas. Nossa personagem em questão escapou dessa herdando apenas um quadro de pressão alta, mas nada.
                No fim tudo deu certo e ela pode viver feliz com seu menino e seu marido não? Quem dera fosse só isso. Nossa brava guerreira ficou proibida de engravidar novamente, pois se isso acontecesse tanto ela quanto a criança corriam risco de morte. E ela então tratou de se cuidar e colocou o DIU. Afinal com ele a chance era quase nula dela engravidar e ela não iria esquecer nenhuma pílula nem nada, mas mesmo assim, também usava uma pomada anticoncepcional.
                Só que certo dia, ela esperava sua menstruação, mas ela não veio, nem no dia seguinte e nem no outro. Apenas uma coisa passou na cabeça dela: o meu primeiro atrasado está correndo pela casa. Esse só pode ser outro. E foi ao médico fazer exames, mas os médicos não conseguiram achar nada. E assim foi durante quase 5 meses.
                Foi unânime a opinião dos médicos: tira esse moleque! Ela não pode ter essa criança, pode morrer. Mas a mãe, contrariando as opiniões e ordens médicas não quis tirar. Eis que nossa pequena paraibana bradou retumbantemente: varões e as varoas, mestres da saúde, essa criança há de nascer, e se tivermos que morrer, eu, ele ou os dois, que assim seja.
                Ela chegou diante de Deus e disse: Pai, o Senhor sabe que eu não podia ter mais filhos, o outro já veio antes da hora que eu planejava e eu estava fazendo todo o tratamento que o médico mandou.  Mas mesmo assim o Senhor permitiu que eu engravidasse e que essa criança fosse gerada. Se for a Tua vontade, tudo bem, irei tê-la, afinal é a Tua vontade. Mas não gostaria de ter essa criança para que ela crescesse sem mãe, mas faça o Teu querer, não o meu. Esse foi o seu argumento perante a junta médica.
                A gravides foi difícil e complicada. A mãe teve que ter muitos cuidados, consigo e com a criança. Mas tinha uma coisa que era engraçada neste feto. Ele não estava posicionado da maneira esperada. Estava com sua cabeça voltada para cima, com os braços como que abraçando sua mãe, durante toda a gravides.
                Aconteceu que a criança acabou nascendo cerca de 20 dias antes do previsto pelos médicos, no dia 9 de janeiro de 1989. Esta criança sou eu. Essa é a história do meu nascimento e do ato de amor que minha mãe teve por mim. Pelas ideias humanas, não era para eu existir, era para eu ser apenas um caso histórico de um dos abortos autorizados pelos médicos e pela lei. Mas Deus tinha outros planos. Ele queria que eu existisse, fez que tudo ocorresse da maneira Dele. Como vocês leram, não foi um caminha fácil, mas foi um caminho que com certeza me ligou muito com minha mãe e minha família.
                Penso que minha história em si é um milagre de Deus. Tenho certeza que não foi simplesmente uma ação da natureza, mas que o Senhor fez as coisas caminharem segundo os planos Dele. Não sei quais são os planos que Ele tem para mim, mas creio que assim como ele me fez nascer e existir, também me guiará até lá, e assim como foi minha história até nascer, provavelmente vai ser um caminho tortuoso e complicado, mas que valerá a pena seguir.
                Creio que assim como eu, você está no mundo por algo que Deus quer para você. Entregue sua vida a Ele e deixe-O guiar seus passos, pois essa é a melhor maneira para se viver. O Pai sabe o que é o melhor para você, afinal Ele que criou você. E se te criou, com certeza sabe o que é o melhor.

2 comentários:

  1. Que lindo, Rafa!!!! Deus abençoe!!! (eu não sabia essa história)

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  2. Grande testemunho!!

    Em algumas partes, se assemelha um pouco com a ocasião em que eu nasci, mas vários fatores são diferentes, porém, o Deus é o mesmo! O único que pode fazer tais milagres!

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