Nos
últimos dias, andei pondo outros textos falando um pouco da minha primeira
experiência amorosa real. Hoje trago a todos o desfecho dessa saga, mas não
pelo desfecho que teve, mas o que me trouxe o ocorrido.
Acho
que pra que tudo faça mais sentido, devo contar a história desde o começo,
então aí vamos nós: o primeiro contato que tive com ela, foi no carnaval do JV.
Foi um contato apenas visual, onde pelo que me lembre, troquei só um sorriso
com ela, mas sorriso do tipo oi apenas.
Passados
uns três dias do acampamento, eis que vejo um contato querendo me add no face.
Olhei e era ela. Pensei comigo: nossa, essa gatinha tá me add!? To podendo! E a
aceitei. Passadas uma ou duas horas, ela entra e começo a conversar com a
menina. Foi uma conversa bacana, num clima agradável e gostei muito dela,
achei-a muito legal.
Nosso
contato seguinte veio a ser no domingo, pois no sábado não nos encontramos
online. Conversamos durante um bom pedaço da tarde, por volta de umas duas ou
três horas, onde falamos de várias coisas, mas principalmente música, pois é o
que estudamos.
Um
detalhe que devo ressaltar é que sempre fui um menino muito NERD, do tipo que
não consegue falar direito com uma menina quando está a fim dela,
principalmente quando a está conhecendo, ou quando acha ela muito bonita.
Sabendo
desse fato fica mais fácil entender o tamanho da surpresa que tive quando me
dei conta de que estava falando vários dias com uma menina e sempre por mais de
uma hora, numa média de duas. O mais legal é que em nenhum momento precisava
inventar assunto ou ficar num silencio incomodador, pois o papo ia rolando de
maneira natural e era a cada dia mais agradável.
Quando
estávamos conversando a cerca de umas duas semanas, vi-me toda hora que estava
on torcendo para que ela também estivesse, toda mensagem que recebia no
celular, esperando que fosse dela. Comecei a perceber-me apaixonado, algo que
fazia cerca de dez anos que não acontecia. A última vez que havia me
apaixonado, estava na oitava série.
Eu
estava num momento em que finalmente, estava tranquilo na minha solteirice.
Estava feliz estando como estava, sem presa de estar com alguém e eis que surge
a digníssima e muda tudo. Tinha me apaixonado novamente e estava lidando de uma
maneira que nunca havia feito, pois mesmo depois de ter percebido isto,
continuava falando com ela, sem me bloquear como antes. Estava simplesmente
feliz.
Certo dia,
estávamos falando de nos conhecermos, que seria legal conversar pessoalmente,
não só pela rede e ela disse que queria que eu fosse até a cidade dela. Isso me
trouxe uma baita alegria e uma enorme esperança. Depois disso, não demorou
muito para que eu acabasse falando para ela o quanto estava feliz de tê-la
conhecido e de quanto eu gostava dela e qual foi minha alegria quando ela disse
que era reciproco. Fiquei extremamente feliz, como nunca havia ficado na minha
vida. Nesta noite só pude dizer obrigado a Deus, durante a noite toda.
Continuamos
conversando, mas a cada dia, os assuntos eram mais pessoais e profundos.
Começamos a ter certo relacionamento, mas decidimos não começar nada até nos
conhecermos mesmo. Combinamos um dia
para que eu fosse a casa dela. No meio desse papo mais intimo sobre nós mesmos,
aconteceu a história que conto no primeiro desabafo. Mas depois de conversar
abertamente com ela sobre o que estava sentindo, meus medos ligados ao
ocorrido, o papo que tive com um amigo, decidiu passar por cima disso tudo e
lutar por ela.
Foi o segundo
pior papo que tive com ela. Senti-me mal por não ter confiado tanto no começo,
mas nos acertamos e prometemos sermos sempre sinceros um com o outro. Depois do
ocorrido, nossos assuntos só aumentaram e se aprofundaram. Junto a eles meu
carinho, a admiração, o respeito e a paixão por ela.
Eis que chegou
o dia em que a visitaria, foi o dia em que fiquei mais animado, eufórico e
feliz. A viagem foi toda acompanhada por mensagens que trocamos e pensamentos
com ela. Estava simplesmente nas nuvens.
Quando nos
encontramos, fiquei deslumbrado. Ela era muito mais bonita do que me lembrava.
Como era linda, como lhe caia bem o vestido que estava usando, como estava
acolhedor aquele abraço. Mas quando fomos para o carro, que desastre que fui,
estava todo nervoso e sem jeito, afinal era a primeira vez que ia ver uma
menina que podia vir a ser minha namorada. Não sabia onde sentava no carro, se
pegava a mão dela, se a olhava, se olhava pra cidade, se falava com ela ou com
ser pai, estava perdido.
Mas aí
chegamos a casa dela, e as coisas começaram a melhorar. Fui muito bem recebido
lá, senti-me em casa até. Adorei o tanto de instrumentos que tinha lá. Guardei
as coisas e dei o presente que tinha levado para ela. Então descemos e fomos
jantar. Foi período muito agradável. Após o jantar assistimos o Moulin Rouge
que ela queria ver. Levei e assistimos juntos. Não preciso dizer da alegria que
sentira naquelas quase três horas de filme.
No dia
seguinte, fomos a um parque da cidade, passeamos e depois sentamos um pouco pra
conversar. Contei para ela uma história triste da minha vida que ela queria
saber e me declarei de verdade, ao vivo e também tive a alegria de orar junto
com ela pela nossa relação. Depois fomos ao bosque e a noite fomos ao cinema,
que foi muito bom. Fui dormir extremamente animado e sonhando em como seria o
futuro.
Chegou o
domingo, o dia da minha partida. Desde o bom dia, senti um afastamento que me
preocupou um pouco. Durante a ida a igreja dela as coisas pareciam não estar na
mesma pegada do dia anterior. Acabando a aula, fomos numa praça andar um pouco
e conversar. Ela disse que ainda estava um pouco confusa por causa de
relacionamentos anteriores e que estava indo devagar. Acalmei meu coração
depois do papo. Passamos o resto do tempo que ficaria ali juntos, então fui de
volta pra casa.
Estava muito
animado, pensando no dia em que ela viria para cá, fazendo planos de onde
leva-la, onde ela poderia ver o que realmente existe dentro de mim. Mas então
fui conversar com ela a noite. E todo meu animo foi por terra. Pois ela disse
que estava muito confusa, não tinha certeza do que queria, se era pra ter um
nós mesmo e pediu uns três dias de silêncio para pensar. Foi o pior momento que
passei depois que a conheci. Fui para cama mudo, em estado de choque. Fechei
todas as portas e janelas do quarto e comecei a chorar e orar.
A terça foi o
pior dia da minha vida. Estava totalmente arrasado. Fui ao trabalho só porque
tinha que ir, mas meus alunos ficaram todos assustados comigo, pois estava
muito chato e bem menos paciente que o normal. Acabei vindo direto pra casa e
fui procurar algo q me desse algum animo. Algo que realmente me ajudou, foi o
podcast do JV na Estrada número 20, o Bota: apenas não te quero mais. Ver como
outras pessoas passaram por isso, me ajudou a querer levantar.
Mas o
principal mesmo foi quando tomei a decisão de deixar Deus cuidar de tudo, pois
desde o princípio, pedi a Ele que estivesse à frente e tomando as rédeas desse
relacionamento. Se não fosse vontade Dele que acontecesse algo, não deveria
acontecer. Mas se fosse, mesmo que não agora, vai acontecer.
Durante esse período orei muito,
todos os dias. Li a bíblia como nunca havia lido antes (agradeço ao E. Peterson
pela “A Mensagem”) e conversei com muitas pessoas. Vi o tanto de amigos
verdadeiros Deus me deu, quantas pessoas que oraram por mim, me deram palavras
de apoio e estiveram o tempo todo comigo. E chegado o último dia, pude ver o
quanto o Pai me transformou, pois em menos de uma semana estava rindo
novamente, curtindo com meus amigos e pronto a ouvir o veredito sobre meu
futuro, fosse qual fosse.
O não já não era mais um peso não
carregável para mim, assim como o sim deixara de ser uma obsessão. O meu desejo
tinha realmente se tornado estar dentro da vontade e do plano de Deus. Era
estar vivendo segundo sua vontade, com ou sem uma namorada.
Não sei por que justamente quando
estava numa boa fui jogado às nuvens para cair no meio de um deserto, mas sei
que nesse deserto fui muito transformado e moldado por Deus. E sei o quanto
cresci como homem, cristão e também como um futuro cônjuge.
No fim, a reposta dela foi que
ela achava melhor não continuarmos como estávamos, mas que não queria se
afastar de mim, queria minha amizade. Bom, estamos assim, mas é sempre duro
pensar nela só como uma amiga, talvez por ser tudo muito recente ainda, mas
tenho a plena certeza de que Deus estava, está e estará a frente não só do meu
relacionamento com esta menina, mais também das minhas outras amizades, meus
possíveis futuros namoros, meus estudos e de toda a minha vida.
Pra concluir, só posso dizer uma
coisa: entrega teu caminho a Deus, confia e espera Nele, porque Ele é fiel e
estará fazendo o melhor para você, mesmo que o melhor seja passar pela dor. E
no fim, você verá que tudo valeu a pena.
Deixar nossas escolhas nas mãos de nosso Pai é SEMPRE o melhor caminho!
ResponderExcluirDeus te abençoe Rafa!!
Fico tremendamente admirado, de conhecer alguém que está protegido pelo PAI, não porque não passa dificuldades, mas em imaginar que os anjos do Senhor acampam ao redor daqueles em que Nele confiam. Abraço e continue olhando fixo para o alvo.
ResponderExcluir