Depois
de passar quase um mês em um acampamento, algo me bate forte no peito: um
grande desejo de não estar aqui, no mundo real. É triste quando penso em como
estava lá e que agora estou aqui novamente.
Esse
sentimento me lembra de um episódio narrado na bíblia, situado em x, essa é a
narrativa da transfiguração de Jesus. Sinto como se a temporada tivesse sido
esse momento na minha vida. Estava lá, junto ao mestre, em comunhão com santos,
deslumbrando a glória. Entendo perfeitamente o que eles queriam dizer com a sua
ideia de armar tendas e ficarem lá pelo resto de suas vidas. Sem dúvida estar assim com o Pai, num lugar
onde separamos para isso é fantástico.
Mas JC
lança “uma real” monstruosa pros seus discípulos e digo que para mim também
quando diz um não. Estar com Deus e com os “irmão” é maravilhoso, mas não foi
pra isso que fomos criados. Jesus não morreu naquela cruz para fundarmos uma
“vila-do-Chaves”, onde todos vivem juntos, isolados do mundo enquanto a
promiscuidade e o pecado germinam e se espalham nos corações do ser humano.
Ainda
não consegui voltar totalmente para o mundo, para minha rotina, para a igreja
local, mas sei que é preciso, pois é aqui que Deus me pôs agora para servir; lá
sou usado e necessário, mas é uma parte apenas da obra, afinal acontece a cada
seis meses apenas.
Descer
do monte é frustrante, triste, desanimador, sem dúvida nenhuma, afinal,
estávamos num “nirvana” da fé, tranquilos e vamos parar no meio de uma guerra.
Mas por mais triste que seja, é na guerra que devemos estar. Deus nos chamou
para agir. Tem um texto onde JC fala que não quer que o Pai nos tire do mundo,
mas que nos livre do mal. Acho que isso já diz tudo não?
Bom,
está sendo complicado voltar ao mundo, mas por pior que seja, abandone a zona
de conforto, saia da inercia de um acampamento e vamos para a obra, assim como
Jesus que desceu do monte para ir parar na cruz.
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