terça-feira, 27 de setembro de 2011

Detalhes

                Mais uma vez vou falar sobre as crianças. Vocês devem estar pensando: esse cara não tem mais o que falar não? Mas isso ocorre porque tenho estado muito em contato com elas no meu estágio. O que vou falar tem muito a ver com uma postura que temos no nosso dia a dia.
                Hoje na aula, estava com meu computador mostrando para eles alguns vídeos de orquestras e umas partituras. Os menores ficaram fascinados e em nenhum momento tiravam os olhos do monitor, apesar do baixo volume, já a classe dos mais velhos dispersou muito facilmente. Em menos de dois minutos eles já estavam fazendo as mais diversas coisas.
                Ao voltar para a casa, durante minha caminhada, comecei a me lembrar do que o pastor falou sobre o que aprendemos a cada dia. E nesse dia posso dizer que realmente aprendi algo novo. Assim como as crianças, muitas vezes nós que somos mais experientes em algo, costumamos não dar toda a atenção a muitas coisas a nossa volta. É bem comum fazermos as coisas na inercia, sem pensarmos no que está acontecendo.
                Quantas vezes não fui a uma aula que por tratar de algo que já dominava, não prestei atenção e perdi a chance de poder rever alguns detalhes que podem vir a ser muito importantes... E quantas palavras não ignorei por ser “velho” de cristianismo? É uma tendência natural esse relaxamento, mas parei e pensei: até que ponto esse relaxamento é só natural? E quando ele começa a me prejudicar?
                Provavelmente essas questões não serão respondidas por mim, mas o que posso dizer é que vale a pena se pensar nessas coisas, pois afinal, como diz a teoria do caos: O bater de asas de uma borboleta em Tóquio pode provocar um furacão em Nova Iorque. Então, é sempre bom estarmos ligados a tudo, pois é nos detalhes que ignoramos que surgem os grandes problemas.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Banho de Lua

                Sempre fui um cara muito romântico, apesar de nunca ter tido a quem demonstrar isso. E durante minha adolescência, durante meus amores platônicos, uma das coisas que mais fazia era durante a noite ir para um lugar onde pudesse ficar sossegado, principalmente em acampamentos, e ficar um bom tempo olhando a lua, admirando sua beleza, o cosmo com suas constelações e filosofando sobre o amor (bem ultrarromântico eu diria).
                Esses dias, voltando pra casa da faculdade, após descer do ônibus, fui surpreendido por uma imensa lua e muito laranja. Parecia até efeito de cinema pra dar dramatismo. Era realmente um luar como a muito não via. E foi aí que me toquei: há quanto tempo não paro pra ver a lua?! A cada dia que passa, nossas vidas estão mais e mais agitadas e parece que o tempo voa, numa constante maior do que há 10 anos. Parece que assim como no Click, nossa vida corre conosco em stand-by. Não vivemos, apenas estamos na vida.
                Se eu fosse físico, sem dúvidas iria seguir uma área de astrofísica. Sou realmente apaixonado por astros, luas, corpos celestes, planetas etc. E ver aquela lua naquele momento rotineiro, me fez querer sair um pouco da minha rotina e voltar a parar um pouco no meu dia para apenas poder olhar para a natureza. Muitos podem dizer que fazer algo assim é perda de tempo, mas será que é mais do que correr durante o dia todo pra ter que correr mais?
                A bíblia diz que a natureza clama ao Criador. E vejo que a natureza o faz, apenas sendo ela mesma, sem nenhum esforço, somente tendo a beleza que recebeu do Pai. Acho que nós devíamos começar a fazermos isso um pouco. Louvarmos ao Senhor como somos, por ser como somos, afinal foi assim que Ele nos fez e nos ama.
               Ao olharmos para uma flor, podemos aprender muitas coisas, além de sermos encantados por sua beleza e isso ocorre com toda a obra de Deus. Só queria propor que nós paremos de correr um pouco no nosso dia para ouvirmos a voz do Pai na sua criação.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O Espelho

                Semana passada, tive uma experiência bem interessante no meu estágio. Mais uma vez estou com turmas de educação infantil e as crianças sempre me surpreendem e me ensinam ou lembram coisas básicas da vida. Nessa semana, o que aconteceu que me chamou a atenção, foi algo muito simples e singelo, mas que me fez pensar um pouco. Estávamos eu a professora e as crianças com pequenas clavas. Após a atividade, simulei uma virada na bateria com elas. Um dos alunos viu e vez exatamente igual.
                Quando vi como o “Be” me imitava, me toquei de um detalhe muito simples, básico sobre educação: os alunos se espelham nos seus professores. Mas isso não é só no âmbito educacional, em praticamente todos os lugares, os mais novos vão espelhar-se nos mais experientes. E aí entra um ponto que deve ser levado em conta por quem é o espelho, ou pelo menos está em situação que inspire esse quadro: que tipo de imagem você está passando para quem olha pra você?
                Posso parecer pretencioso ao fazer essa pergunta, mas ela é direcionada primeiramente a mim, pois sei como é difícil se lembrar disso a todo o momento. Mas sem dúvida é necessário pensar nesse tipo de coisa afinal se levamos alguém à morte por nosso mau exemplo, seremos culpados por esse sangue inocente.
                Ser exemplo e espelho para alguém é sem dúvida um grande privilégio, mas ao mesmo tempo uma responsabilidade imensa. Se você acaba tendo um papel desse tipo na vida de alguém, tome muito cuidado com o tipo de imagem que passas e que representa.

domingo, 4 de setembro de 2011

Família êh! Família ah!

                Estava começando uma série, mas um texto que me veio à mente, fez com que eu mudasse os planos. Não sou do tipo noveleiro, apesar de ter tido a minha época, mas tenho mania de ver os últimos capítulos das novelas, talvez por ser onde há alguma graça e por ver a obviedade dos autores.
                Mas a última novela só me deu raiva. Foi durante a novela toda irmão querendo matar o outro, pai que não sabia que o era, divórcios, filhos sem pais, filho contra pai etc. Então, na cena final, tem uma galera comemorando não lembro oque e eis que surge uma senhorinha falando o quão importante é a família. Como podem massacrar a família durante uns 5 messes e depois lançar um discurso legalista desses?
                Nos escritos mais importantes do mundo, a família é tida como a base da sociedade, seja ela civil, religiosa etc. Nas sociedades antigas, eram elas que formavam os clãs. Não conheço uma cultura que não tenha apoio familiar.
                Na bíblia, a família foi o principio da humanidade. Tudo começou com um casal e é na família que os judeus aprendem a serem judeus, no islã, a família tem tanta ou até mais importância, o mesmo ocorre no hinduísmo.
                Mas hoje em dia, cada vez mais, a família é atacada por todos os lados. É divórcio que fica fácil, é hedonismo levando as pessoas a quererem só o seu prazer, sem pensar em fazer bem a outrem, é o medo de relacionamentos físicos, estimulado pelas redes sociais, lei que atrapalha os pais de educarem os filhos, um sistema que leva os pais a verem os professores como babas, jogando para eles o seu dever de educar os filhos entre tantas outras coisas.
                A família é a base da sociedade em que vivemos e é preciso cuidar dela, não simplesmente aceitar o estado em que ela tem sido posta. Sem a família, temos uma formação confusa, é difícil um menino ser um homem sem ter um modelo de homem e o mesmo vale para a menina. O principio de vivencia comunitária também é a família.
                Esse é um tema que gera muito assunto e a minha ideia aqui é dar só uma pincelada para estimular o pensar, então vou ficar por aqui.