quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Igreja e Preconceito I

Uma reportagem feita pelo CQC me inspirou a escrever esse texto. Meio curiosa essa fonte não? Bom, vamos ao que interessa. Esse é um tema que já abordei em outros textos com outras temáticas, onde este estava imerso no universo da ocasião, como no texto em que cito a igreja americana do período do apartheid.
A igreja deste período era uma igreja carregada de preconceitos e disto ninguém tem dúvida, nem diz o contrário. Mas tem uma frase bem clichê, que diz que um povo que não conhece sua história, tende a repetir os erros do passado. Parece que não se adapta aos cristãos. Pois conhecem esse fato vergonhoso da história, mesmo ela não ocorrendo em todo o mundo, mas parece que não aprenderam nada com ele.
Não estou dizendo que o racismo impera nas igrejas, apesar de existir. Quero me ater mais ao Brasil mesmo. Na entrevista, alguns dos entrevistados classificavam uma pessoa de um local especifico como sendo isso ou aquilo. E a maioria dos que classificavam as pessoas sequer tinha uma explicação para seu julgamento e nem sabiam o porquê de o terem feito.
A igreja que viveu o apartheid, passou por um momento cultural de seu país que influenciava o seu modo de pensar e agir. Na visão deles as coisas eram como eram, estavam como tinham que estar. Era difícil para aquela sociedade enxergar que o pensamento em que viviam era baseado numa mentira.
Então você me pergunta: tá, e cadê a ligação entre essas informações e a nossa igreja? Eis aqui a minha resposta: nós fazemos a mesma coisa. Quantas coisas da nossa cultura nós temos interiorizadas e não questionamos?
Muitas vezes temos certas ideias que nos fazem julgar os outros e descrimina-los, seja sobre pecados, etnia, opiniões teológicas, denominação, sexo, altura, idade etc. Nossa cultura tem seus dogmas sociais que são aceitos muito facilmente pela sociedade, mas e daí? O que isso tem a ver com a igreja?
É fato que para os brasileiros é muito difícil olhar para alguém da favela e não sentir receio, ver um argentino e não ter raiva, um paulista achar que o nordestino é pedreiro, sendo o baiano folgado entre outras coisas. Achamos que todos na África morrem de fome, que todo árabe é barbudo e fanático. Esses são exemplos de opiniões que muitas vezes, querendo ou não, estão dentro das nossas cabeças. Mas e aí?
Bom, em breve seguiremos com esse tema, pois o texto já está bem grande.

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