Uma reportagem
feita pelo CQC me inspirou a escrever esse texto. Meio curiosa essa fonte não?
Bom, vamos ao que interessa. Esse é um tema que já abordei em outros textos com
outras temáticas, onde este estava imerso no universo da ocasião, como no texto
em que cito a igreja americana do período do apartheid.
A igreja deste
período era uma igreja carregada de preconceitos e disto ninguém tem dúvida,
nem diz o contrário. Mas tem uma frase bem clichê, que diz que um povo que não
conhece sua história, tende a repetir os erros do passado. Parece que não se
adapta aos cristãos. Pois conhecem esse fato vergonhoso da história, mesmo ela
não ocorrendo em todo o mundo, mas parece que não aprenderam nada com ele.
Não estou
dizendo que o racismo impera nas igrejas, apesar de existir. Quero me ater mais
ao Brasil mesmo. Na entrevista, alguns dos entrevistados classificavam uma
pessoa de um local especifico como sendo isso ou aquilo. E a maioria dos que
classificavam as pessoas sequer tinha uma explicação para seu julgamento e nem
sabiam o porquê de o terem feito.
A igreja que
viveu o apartheid, passou por um momento cultural de seu país que influenciava o
seu modo de pensar e agir. Na visão deles as coisas eram como eram, estavam
como tinham que estar. Era difícil para aquela sociedade enxergar que o
pensamento em que viviam era baseado numa mentira.
Então você me
pergunta: tá, e cadê a ligação entre essas informações e a nossa igreja? Eis
aqui a minha resposta: nós fazemos a mesma coisa. Quantas coisas da nossa
cultura nós temos interiorizadas e não questionamos?
Muitas vezes
temos certas ideias que nos fazem julgar os outros e descrimina-los, seja sobre
pecados, etnia, opiniões teológicas, denominação, sexo, altura, idade etc.
Nossa cultura tem seus dogmas sociais que são aceitos muito facilmente pela
sociedade, mas e daí? O que isso tem a ver com a igreja?
É fato que
para os brasileiros é muito difícil olhar para alguém da favela e não sentir
receio, ver um argentino e não ter raiva, um paulista achar que o nordestino é
pedreiro, sendo o baiano folgado entre outras coisas. Achamos que todos na África
morrem de fome, que todo árabe é barbudo e fanático. Esses são exemplos de
opiniões que muitas vezes, querendo ou não, estão dentro das nossas cabeças. Mas
e aí?
Bom, em breve
seguiremos com esse tema, pois o texto já está bem grande.
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