quarta-feira, 28 de julho de 2010

Casais alternativos I

 Na semana passada nossos ermanos argentinos aprovaram a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Esse tema tem despertado tanta polêmica que me levou a fazer algo que geralmente não faço: escrever sobre algo que está na moda. Sempre procuro temas que me despertam vontade de escrever, não assuntos da mídia, mas esse além conseguiu ser as duas coisas.
  Na TV não um programa que não discuta se o Brasil deve ou não legitimar essa união. Muitas pessoas tem dito que os "casais" gays tem o mesmo direito que os héteros, e devem poder assumir o estado de casados perante a lei,
 Acho meio complicado primeiramente chamar um par de homossexuais de casal, pois na minha concepção, casal não é igual a dupla. Dupla pode ser homem e homem, mulher e mulher, homem e mulher, mas casais sempre é homem e mulher.
 Bom, voltemos ao assunto, como será que a igreja deve se portar em relação a isso? Como a igreja tem tratado os homossexuais? Acho que não temos agido da maneira mais correta não é mesmo?
 A bíblia é clara no que dia respeito a sexualidade: Paulo em suas primeiras cartas à Timóteo e a igreja de Corintos, diz que a prática do homossexualismo é condenável, que é um pecado. Sendo assim, não há dúvidas de que quem confessa a fé cristã não deve aceitar essa prática, mas geralmente uma parte dessa história fica "esquecida".
 Segundo a bíblia, qualquer pegado pode ser perdoado, menos a blasfêmia contra o Espírito Santo. Ou seja, o homossexualismo é tão pecado quanto a mentira. Quem mente está tão errado quanto quem dorme com alguém do mesmo sexo. E geralmente os que não são homossexuais esquecem esse ponto e muitas vezes estes estão em mais pecados que aqueles, mas agem como se fossem superiores e mais puros.
 Por mais que seja errada essa prática, um homossexual é um ser humano como qualquer outro. Não posso maltrata-lo por fazer algo que não agrada a Deus, ainda mais quando também o faço, seja na área que for.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

To horrorizado!

 Aproveitando as férias, tenho ido a noite à igreja jogar um "futeba" com a galera, o que tem sido algo muito prazeroso. Mas não é esse o enfoque. Durante o tempo de espera entre um jogo e outro, conversava com dois amigos, quando um deles comentou sobre escandalizar pessoas com nossas ações.
 Tema curioso esse não? Muitas vezes esse é o motivo que pessoas na igreja usam para nos impedir ou proibir de fazer algo.
 Enquanto falava com eles, levantamos várias coisas sobre isso e esse assunto tem sido muito lapidado por meus neurônios. Muitas vezes desvirtuamos essa colocação que Paulo faz em 1 Coríntio 8. Usamos esse ponto a nosso favor. Você não gosta de rock e por isso diz que não é para ter isso na igreja porque escandaliza você, pois você diz que é do diabo. Isso é tão errado quanto a teologia da prosperidade, pois é um disvirtuamento da palavra.
 Uma coisa que me preocupa muito é no que as pessoas tem dado importância. Muitas vezes nos escandalizamos porque a menina esta com o umbigo aparecendo, mas não ligamos se a bancada evangélica está desviando verba pública, criticamos um menino que ouve metal e não nos ofendemos com um pastor que entra com dinheiro de modo ilegal nos EUA. Estamos mais preocupados com nossas vontades, nossos gostos à palavra de Deus, ao nosso testemunho.
 Muitas vezes as pessoas precisam de um choque. Um "escândalo" as vezes é necessário para acordar o povo, pois senão a igreja atrofia. Se todo escândalo fosse errado, creio que Deus não permitiria que Lutero fosse capaz de fazer a reforma que fez na igreja. Agora não posso negar que sair escandalizando o povo seja errado. Uma coisa é você dar a cara a tapa para mudar ou "evoluir" uma cultura, outra é você agredir.
 Uma pessoa que usa uma roupa provocante para agredir os outros está errada. As vezes temos intenções boas, mas fazemos de forma errada. Busque uma maneira mais amigável de mudar as coisas, como o diálogo, por essa coisa numa situação que só terá pessoas da sua idade. Você percebera que com o tempo ninguém mais se preocupara com isso e acabarão aceitando um dia, como foi o caso da bateria em tempos passados. Um método de confronto direto, deve ser o último recurso.
 Mas jamais use a desculpa de que você faz o que quer porque têm que mudar a mente das pessoas antigas, até porque elas não mudaram. As pessoas podem aceitar uma coisa, reconhecerem que estavam erradas, mas provavelmente continuarão a não gostar. Então procure não fazer diante das pessoas coisas que elas julguem erradas, por mais que você saiba que não são, procure ser agradável a todos, respeite-as, pois assim é possível que elas aceitarem o que você gosta por aceitarem você.

domingo, 4 de julho de 2010

Descartavel

 Realmente periodicidade não é o forte desse blog! Tenho postado realmente muito pouca coisa e acho que bati meu recorde de tempo sem postagem! Mas estou finalmente escrevendo aqui. To escrevendo sobre algo que estava pensando hoje. Tivemos lá na minha igreja, um culto da juventude, em comemoração ao dia do jovem e do adolescente presbiteriano. Isso me levou a pensar sobre essa nossa sociedade descartável.
 A geração a qual pertenço, cresceu num mundo totalmente consumidor, um mundo onde é pregado o consumo desenfreado. Esse consumo nos leva a descartar as coisas.
 Na minha infância ainda era comum se concertar alguns eletrodomesticos, mas hoje em dia não mais. Quando seu liquidificador quebra, você vai a loja e compra outro, nem pensa em arrumar o antigo.
 O que me intristesse na minha geração, é que tudo tem se tornado descartável, desde copos plásticos até relacionamentos. Tudo hoje em dia é mercadoria e como tal, pode ser trocado quando perde a utilidade.
 O problema é que pessoas não são mercadorias, são humanos, com sentimentos, relacionamentos não são um bem que tenho para meu prazer, são laços que crio com outrem. Tudo tem perdido significado para nós, por isso quando brigo com meus pais, vou pra casa da minha vó, quando meu casamento ta ruim, largo e caso com outra pessoa, quando meu amigo me irrita acabo a amizade e vou atraz de outra.
 "Nada mais importa a não ser o nosso desejo mesquinho. Tudo é bom para mim enquanto me traz prazer. Quando o prazer acaba descarto por algo novo."
 Só tem um problema: certa vez um homem disse assim: ame a seu próximo como se fosse você. Acho que esse nosso raciocínio vai em direção oposta as palavras que Cristo deixou para nós. Será que você queria ser descartável para os outros?